CRIANDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS RESPONSIVA

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Neste capítulo 4 do livro Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos de Martin Christopher é destacado:

- A importância da resposta rápida em mercados turbulentos e voláteis;
- É explorado os princípios que sustentam uma cadeia de suprimentos ágil, constrastando-os com o conceito de organização "enxuta";
- Faz a distinção entre sistemas "empurrados" e sistemas "puxados" no projeto de uma cadeia de suprimentos e explica os princípios do just-in-time;
- Sugere meios para elaborar estratégias "híbridas" para a cadeia de suprimentos, combinando as abordagens de organização enxuta e ágil;
- Apresenta um roadmap para alcançar altos níveis de responsividade

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Um dos maiores desafios que atualmente se impõem às organizações é a necessidade de responder a níveis cada vez maiores de volatilidade na demanda. Por várias razões, os ciclos de vida dos produtos e da tecnologia estão diminuindo, pressões competitivas forçam, com mais frequência, mudanças nos produtos, e os consumidores demandam variedade como jamais se viu.

E para enfrentar este desafio, as organizações precisam concetrar seus esforços de modo que obtenham maior agilidade, a fim de responder em intervalos de tempo menores, tanto em termos de mudança de volume quanto em termos de mudança de variedade. Para uma empresa verdadeiramente ágil, a volatilidade da demanda não é problema; seus processos e sua estrutura organizacional, bem como as relações na cadeia de suprimentos, permitem que ela dê conta de quaisquer demandas que surjam.

Agilidade, no sentido da capacidade de alinhar oferta e demanda, não é necessariamente sinônimo de "enxugamento". O conceito de produção enxuta procura minimizar o estoque de componentes e de trabalho em andamento, buscando um ambiente just-in-time sempre que possível. Embora o "enxugamento" possa ser um elemento de "agilidade" em certas circunstâncias, por si só não possobilitará à organização atender às necessidades do cliente de forma rápida. De fato, pode-se argumentar que, pelo menos até recentemente, alguns setores, com todo o seu enxugamento, eram os menos ágeis no mercado.

Ser ágil e ter agilidade tem muitos dimensões. O conceito aplica-se tanto a redes quanto a empresas individuais. De fato, uma das coisas mais importantes para uma resposta ágil é a presença de parceiros ágeis a montante e a jusante da firma em questão. Embora as organizações possam ter processos internos capazes de resposta rápida, sua agilidade ainda assim será restringida se, por exemplo, os fornecedores provocarem  longos tempos de espera para o reabastecimento.

Em ambientes de mercado em que a demanda é incerta, e os níveis de variedade são altos, a manutenção de baixos níveis de unidades mantidas no estoque exigirá uma resposta diferente. Embora a eficiência seja sempre desejável, nos cenários de demanda imprevisível talvez ela tenha que vir depois da "eficácia", no ranking de prioridades de gerenciamento da cadeia de suprimentos. Nesse contexto, eficácia significa a capacidade de responder rapidamente às necessidades de um mercado geralmente fragmentado. Em outras palavras, em vez da ênfase na produção de produtos padronizados para mercados de massa, antecipando a demanda, é preciso produzir múltiplas variações de produtos para o segmentos de mercados bem menores, em resposta à demanda conhecida.

Pode ser que em um mesmo negócio seja provável que exista a necessidade tanto de soluções enxutas quanto de soluções ágeis para a cadeia de suprimentos, já que alguns produtos terão demanda previsível, e a outros corresponderá uma demanda bem mais volátil.

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Veremos melhor agora nos próximos posts sobre os outros tópicos. Deu para conhecer um pouco sobre o que ser ágil e enxuto dentro de uma cadeia de suprimentos.

Boa noite!!

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